domingo, 4 de julho de 2010

Visita ao Antigo Engenho Pedras


Residencias de moradores na Propriedade do Antigo Engenho



Bancos onde as senhoras costumavam conversar



Portaria da Propriedade do antigo Engenho







No dia 19 de junho de 2010, a turma da disciplina Temas de História de Sergipe II do professor doutor Antônio Lindvaldo Souza visitou o antigo Engenho Pedras (hoje
parte da Usina Pinheiros) a fim de prestigiar aos colegas que ali apresentariam seminários, como também, conhecer pessoalmente um dos maiores símbolos da história e economia açucareira de Sergipe.

O Engenho Pedras



No ínicio do século XVII, a região conhecida como Barra da Cotinguiba famosa pelas ricas terras de solo massapê, começou a ser reinvindicada por proprietários de terras para o cultivo em especial da cana de açúcar. Naquele momento, esta região pareceu ideal para fornecer um modelo de propriedade açucareira, pois, não necessitava de constante renovação do solo, ou ainda de técnicas que sacrificassem sua ocupação por longos períodos devido as terras serem descansadas e constituidas.

Maria da Gloria Almeida no livro O Engenho Pedras descreve o dito engenho como uma importante unidade desse processo evolutivo que foi a cultura canavieira em Sergipe. Pois, segundo a autora, o engenho Pedras surgiu como resposta aos incentivos externos e internos que, em fins dos séculos XVIII e XIX e início do XX, atuaram sobre a produção açucareira no Brasil e garantiram a formação de um novo ciclo do açúcar em nosso país. Este engenho definido como banguê pelo historiador Antônio Lindvaldo Souza, era uma fabrica de média capacidade por produzir pouco mais de três mil arrobas e ter a dimensão aproximadamente de 280 hectares. Sua estrutura agrária era ocupada pelas lavouras de cana de açucar, áreas destinadas a pastagens de gado para trabalhos na produção do açúcar, matas que forneciam lenhas para a fábrica e vivendas, casa grande, senzala(pequenas moradias ligadas umas as outras) e a capela. O Engenho Pedras estava localizado entre engenhos menores pertencentes a um só ancestral comum que teria fracionado para os filhos numa tentativa de garantir-lhes razoavel subsistência, além de aumentar a manutenção do nível de produtividade da fazenda.Seus primeiros proprietários foram Manuel Rolemberg d'Azevedo e Maria de Faro Rolemberg (1823) e sua última proprietária, quando este já havia tornado Usina(hoje Usina Pinheiros) foi Dona Baby Leite.

Do fim do século XVIII ao início do século XX, o engenho Pedras passou por ciclos de apogeu e etapas que limitaram seu esforço para atingir uma plena realização econômica.Sob aspectos muito reais de continuidade, a história dessa unidade açucareira atravessou, então, diferentes fases que se identificaram com as profundas mudanças que atingiram a cultura de cana de açúcar em Sergipe.

Referências Bibliograficas:
  • Anos de prosperidade e mudanças: a sociedade do açúcar e a necessidade de uma nova capital. In: SOUZA, Antônio Lindvaldo.Temas de História de Sergipe II.São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD, 2010.

  • ALMEIDA, Maria da Gloria Santana de. O Engenho Pedras: uma unidade em Sergipe. VIII Simpósio da ANPHU. Aracaju, 1975

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Arqueologia do Xingó e Nossos Primeiros Habitantes.

Escavações. MAX(Museo de Arqueologia do Xingó) WWW.max.org.br
Enterramento. Max(Museo de Arqueologia de Xingó)

Vaso.MAX(Museo de Arqueologia do Xingó) http://www.max.org.br/ A arqueologia é uma ciência que junto com outras ciências humanas analisam os artefatos humanos que são culturas materiais num sítio arqueológico(local onde são encontrados restos da ação humana) para entender o passado como tambem o presente.
Em Xingó mais precisamente em Canidé do São Francisco foram encontrados achados dos nossos primeiros habitantes como: restos de fogueiras, pinturas, ossos e alimentos.Como estava para funcionar a hidrelétrica de Xingó pela CHESF(Companhia Hidrelétrica do São Francisco), arqueólogos "correram" para coletar grande parte desses achados antes que a região fosse inundada pelas águas represadas.
Os achados humanos ali em Xingó, contribuíram para um melhor entendimento do modo de vida dos nossos primeiros habitantes.Sabe-se que chegaram nessa região por volta do oitavo milênio BP e tratava-se provavelmente de caçadores-coletores.Atraídos pelas águas do rio São Francisco e dos seus mananciais, enfrentaram as cheias do rio, animais ferozes,fizeram cerâmicas e criaram seus rituais e crenças baseados nas forças da natureza.
A arqueologia do Xingó tornou-se indispensável no processo de construção da história com o levantamento dos sítios e seus mapeamentos.Só assim podemos reconstituir os modos de vida dos nossos habitantes primitivos e dar o devido valor e respeito ao entender a sua cultura.


terça-feira, 3 de junho de 2008

Tupinambá e tapuia: modos de ser indígena?



Eram inúmeros os núcleos de povoamentos dos primeiros habitantes antes da chegada Gaspar Lourenço e seu irmão João Salonio, primeiros padres jesuítas em missão crista católico no ano de 1975, entre o rio real e Sergipe.
Os colonizadores quando aqui chegaram consideraram os índios bárbaros por possuírem uma cultura diferente da das suas.Infelizmente esses colonizadores iniciaram uma bipolaridade cultural (ou racial) na identificação dos primeiros povos que existe ate hoje: os tupis e os tapuias: os que não eram tupis eram tapuias, eram assim os índios identificados.
Tapuia e uma palavra da língua tupi que significa bárbaros e inimigo tapuia eram uma generalização dos tupinambás em referencia a todos os outros povos inimigos deles que habitavam outras partes do território brasileiro que não o litoral e nem falavam as suas línguas. É o que chamamos de tupimania.
Os tupinambás possuíam uma cultura riquíssima, seu modo de ser tupinambá deixou varias marcas no litoral nordestino aldeias com grandes casas coletivas, rituais, símbolos, regras sociais, divisão social do trabalho (mulheres coletavam e cuidavam das casas e dos filhos e os homens eram guerreiros que caçavam, pescavam e guerreavam) e a organização política administrativa (tem chefe, pajé e conselhos de anciãos).Eles influenciaram muitos do que somos hoje, tanto na alimentação (jenipapos, tapioca e etc) como nos costumes (uso de redes e tatuagens).

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Afinal, o que é cultura?

http://www.brasmontreal.net/ professores brasileiros ensinam danças típicas brasileiras como o frevo aos Canadenses.

Familia japonesa

Homem tupinambá Cultura é o modo de produção tanto em bens materiais(arcos,flechas,comidas) como também em bens imateriais(lendas,crenças e mitos).
Os povos orientais colocam flores nos cemitérios para seus mortos, já os orientais colocam comidas.Isso significa que cada povo possui um modo de ser proprio com comportamentos e imaginários diferentes, porque isso é cultura.
Toda cultura é baseada na lógica e racionalidade.Para a cultura de um povo, o que ele acredita é a verdade absoluta e não há outra.Desde os colonizadores até os dias de hoje, o brasileiro incorpora o indio como alguem sem cultura e barbaro.
Enfim,esse modo diferente de ser do homem, o seu fazer social com seus respectivos artefatos materiais e imateriais do ser humano é o que podemos denominar CULTURA.


terça-feira, 20 de maio de 2008

Pela Possibilidade de Uma Nova História dos "Outros"!

A nossa história de Sergipe, ainda está aprofundada nas histórias políticas institucionais e econômicas.As raras excessões começam a aparecer,com as monografias, dissertações e teses de doutorados em história ou outras áreas.Entretanto, essas produções ainda não publicadas encontram-se nas bibliotecas da Universidade Federal de Sergipe, acervos particulares de professores e em outros acervos de instituições de ensino e pesquisas.
Ainda há em Sergipe uma grande preocupação por personagens históricos que sozinhos parecem ter transformado o tempo na qual viviam.Em muitas biografias, o caráter saudosista dos autores são quase unánimes; tornando a pessoa sitada com atributos superiores a outros humanos.Recordam o lado grande do personagem: o melhor, seus atos estraordinários e gloriosos.Por outro lado, esquecem: os fatos ordinários, menos grandiosos e principalmente seus momentos de conflitos e/ou confrontos.
Já a história de homens e mulheres comuns praticamente inexistem.Existem muitos questionamentos, mas a biografia é pouca.No livro Quotidiano e Poder em São Paulo no sec.XIX da históriadora Maria Odila, diz que a história do cotidiano dos personagens anônimos, se perde antes por esquecimento da parte do historiador do que por efetiva ausência de informações.A maior parte das informações encontram-se nas entrelinhas dos documentos.
Cabe a nós historiadores, ter uma preocupação maior com a as histórias anônimas em Sergipe.Através dela, essa geração e as futuras poderão conhecer mais a história do seu cotidiano e dar mais valor a sua cultura.

Arquivo Judiciário

A turma conhecendo o Arquivo Judiciário
Local onde acontece a restauração

Sala onde os arquivos são armazenados para a restauração


Arquivo já restaurado do sec.XIX



Aquivos a serem restaurados










Dentro do Arquivo Judiciário