terça-feira, 20 de maio de 2008

Pela Possibilidade de Uma Nova História dos "Outros"!

A nossa história de Sergipe, ainda está aprofundada nas histórias políticas institucionais e econômicas.As raras excessões começam a aparecer,com as monografias, dissertações e teses de doutorados em história ou outras áreas.Entretanto, essas produções ainda não publicadas encontram-se nas bibliotecas da Universidade Federal de Sergipe, acervos particulares de professores e em outros acervos de instituições de ensino e pesquisas.
Ainda há em Sergipe uma grande preocupação por personagens históricos que sozinhos parecem ter transformado o tempo na qual viviam.Em muitas biografias, o caráter saudosista dos autores são quase unánimes; tornando a pessoa sitada com atributos superiores a outros humanos.Recordam o lado grande do personagem: o melhor, seus atos estraordinários e gloriosos.Por outro lado, esquecem: os fatos ordinários, menos grandiosos e principalmente seus momentos de conflitos e/ou confrontos.
Já a história de homens e mulheres comuns praticamente inexistem.Existem muitos questionamentos, mas a biografia é pouca.No livro Quotidiano e Poder em São Paulo no sec.XIX da históriadora Maria Odila, diz que a história do cotidiano dos personagens anônimos, se perde antes por esquecimento da parte do historiador do que por efetiva ausência de informações.A maior parte das informações encontram-se nas entrelinhas dos documentos.
Cabe a nós historiadores, ter uma preocupação maior com a as histórias anônimas em Sergipe.Através dela, essa geração e as futuras poderão conhecer mais a história do seu cotidiano e dar mais valor a sua cultura.

Arquivo Judiciário

A turma conhecendo o Arquivo Judiciário
Local onde acontece a restauração

Sala onde os arquivos são armazenados para a restauração


Arquivo já restaurado do sec.XIX



Aquivos a serem restaurados










Dentro do Arquivo Judiciário

Visita ao Arquivo Judiciário

No dia 7 de maio(quarta-feira),os alunos do primeiro periodo do curso de história da UFS,conheceram o arquivo judiciario de Sergipe com o professor doutor Antônio Lindvaldo Souza.
Nesta foto temos nosso professor e a nossa guia na visita a chefe de digitalização a professora Sharyse Amaral.

Nessa visita aprendemos que no Arquivo judiciário possui documentos do final do seculo XVIII até o nosso seculoXXI.São documentos referentes a divorcios,casamentos civis.Processos de assassinatos,estupros,acidentes e etc.Muitos desses documentos estão ou já foram pesquisados,restaurados e digitalizados;pois muitos foram encontrados abandonados em cartórios e escritórios,ruídos por insetos, queimados por algum eventual incêndio ou invenenados para evitar a ação de animais.É um trabalho muito minuncioso mas tem rendido resultados positivos.

Lá encontramos os arquivos vivos correntes:ultilizados por advogados,juizes,réus e testemunhas.Porem como são recentes o publico não tem acesso,corre em sigilo.Como tambem encontramos os arquivos mortos:abertos ao público por possuirem mais de 60 anos.Enfim, foi uma visita muito proveitosa,aprendi muito!!!!



A História na nossa vida!

O Espelho falso,de René Magritte.Óleo sobre tela,1935,19x27.
Através dos olhos,enxergamos o mundo, o analisamos e os registros "gravamos" na nossa memória.E é a partir dessa memoria que formamos nossa história; e como vivemos em sociedade,trocamos experiencias com outras pessoas e assim formamos nossa propria identidade.Esse processo ocorre todos os dias porque faz parte da nossa história!

domingo, 18 de maio de 2008

A Valorização da História Local

Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros
Igreja do Santo Antonio em Aracaju

A história local é de fundamental importância,pois nos permite resgatar as experiências de vida dos indivíduos,das familias,dos grupos políticos,das comunidades religiosas,a partir do cotidiano de pessoas que existiram num determinado tempo e espaço.
A aplicação da noção de estudos locais possibilita incorporar temas não tratados na história oficial,como por exemplo,a biografia de pessoas anônimas como:negros,indios,mulheres e idosos.O livro Vovô Nago e papai branco da antropóloga Beatriz Gois Dantas é um exemplo disto,pois trata a vida num dos terreiros mais tradicionais da cidade de Laranjeiras.
Entretanto,a história local é criticada por alguns historiadores como "menor",por considerá-las apenas uma história superficial de um local ou região.Estes preferem as "grandes histórias"que geralmente são fatos ocorridos no eixo Rio/São Paulo,mas por serem consideradas importantes,acabam sendo estudadas pela sociedade como nacional e por consequencia mais abrangentes.
Apesar das criticas que a história local sofra,ela permanece extremamente importante,pois é a partir dela que nós vamos entender o significado dos fatos mais amplos e vamos compreender os acontecimentos do nosso estado,país e do mundo.Quanto mais estudamos o local,descobrimos as nossas diferenças e ao refletir-mos passamos a compreender uns aos outros.

domingo, 4 de maio de 2008

Pertencemos a uma História!

Indios Pataxós nos nossos dias.
Indios no sec.XV

Temas de História de Sergipe I
Professor:Antônio Lindivaldo

Um passado muito proximo e distante!
In: Souza,Antônio Lindivaldo.Temas de história de SergipeI.São Cristóvão:UFS/CESAD,2007,p07-15.

PASSADO:Simboliza um personagem ou um fato histórico.
PRÓXIMO:Possui uma similiaridade com o presente.
DISTANTE:Possui particularidades do seu tempo e espaço.

Todos nós pertencemos a uma comunidade.Ela engloba:a família,a cidade,a tribo indígena ou a religião ao qual você possa fazer parte.Numa comunidade existem interesses,preocupações,conflitos,divergências,normas e individualidades.Todos nós temos uma história individual e outra coletiva.Ou seja:Ao mesmo tempo que participamos da história da comunidade;também possuimos nossa própria história.
A história é o conjunto de acontecimentos vividos:é a realidade,a vida de homens e mulheres num determinado tempo.Na sequência de fatos que acontecem,o históriador seleciona alguns,estuda e procura explicar a vida humana.No texto:"O que é história,para que serve...?"da professora doutora Terezinha Oliva,sugere que:Existem a história "vivida"(realidade) por homens e mulheres e uma história"estudo"(realidade filtrada) dos atos humanos localizados no tempo e espaço.Essa afirmação ajudá-nos a compreender ainda mais, a idéia de que todos nós temos uma história.
Concluímos então que a história nos ajuda a entender o presente,identificar e preservar,para que tenhamos uma noção de ação prática.E que a partir dela,possamos valorizar o que somos,o que temos e o que vivemos para construirmos a cada dia nossa própria história.