quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Arqueologia do Xingó e Nossos Primeiros Habitantes.

Escavações. MAX(Museo de Arqueologia do Xingó) WWW.max.org.br
Enterramento. Max(Museo de Arqueologia de Xingó)

Vaso.MAX(Museo de Arqueologia do Xingó) http://www.max.org.br/ A arqueologia é uma ciência que junto com outras ciências humanas analisam os artefatos humanos que são culturas materiais num sítio arqueológico(local onde são encontrados restos da ação humana) para entender o passado como tambem o presente.
Em Xingó mais precisamente em Canidé do São Francisco foram encontrados achados dos nossos primeiros habitantes como: restos de fogueiras, pinturas, ossos e alimentos.Como estava para funcionar a hidrelétrica de Xingó pela CHESF(Companhia Hidrelétrica do São Francisco), arqueólogos "correram" para coletar grande parte desses achados antes que a região fosse inundada pelas águas represadas.
Os achados humanos ali em Xingó, contribuíram para um melhor entendimento do modo de vida dos nossos primeiros habitantes.Sabe-se que chegaram nessa região por volta do oitavo milênio BP e tratava-se provavelmente de caçadores-coletores.Atraídos pelas águas do rio São Francisco e dos seus mananciais, enfrentaram as cheias do rio, animais ferozes,fizeram cerâmicas e criaram seus rituais e crenças baseados nas forças da natureza.
A arqueologia do Xingó tornou-se indispensável no processo de construção da história com o levantamento dos sítios e seus mapeamentos.Só assim podemos reconstituir os modos de vida dos nossos habitantes primitivos e dar o devido valor e respeito ao entender a sua cultura.


terça-feira, 3 de junho de 2008

Tupinambá e tapuia: modos de ser indígena?



Eram inúmeros os núcleos de povoamentos dos primeiros habitantes antes da chegada Gaspar Lourenço e seu irmão João Salonio, primeiros padres jesuítas em missão crista católico no ano de 1975, entre o rio real e Sergipe.
Os colonizadores quando aqui chegaram consideraram os índios bárbaros por possuírem uma cultura diferente da das suas.Infelizmente esses colonizadores iniciaram uma bipolaridade cultural (ou racial) na identificação dos primeiros povos que existe ate hoje: os tupis e os tapuias: os que não eram tupis eram tapuias, eram assim os índios identificados.
Tapuia e uma palavra da língua tupi que significa bárbaros e inimigo tapuia eram uma generalização dos tupinambás em referencia a todos os outros povos inimigos deles que habitavam outras partes do território brasileiro que não o litoral e nem falavam as suas línguas. É o que chamamos de tupimania.
Os tupinambás possuíam uma cultura riquíssima, seu modo de ser tupinambá deixou varias marcas no litoral nordestino aldeias com grandes casas coletivas, rituais, símbolos, regras sociais, divisão social do trabalho (mulheres coletavam e cuidavam das casas e dos filhos e os homens eram guerreiros que caçavam, pescavam e guerreavam) e a organização política administrativa (tem chefe, pajé e conselhos de anciãos).Eles influenciaram muitos do que somos hoje, tanto na alimentação (jenipapos, tapioca e etc) como nos costumes (uso de redes e tatuagens).

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Afinal, o que é cultura?

http://www.brasmontreal.net/ professores brasileiros ensinam danças típicas brasileiras como o frevo aos Canadenses.

Familia japonesa

Homem tupinambá Cultura é o modo de produção tanto em bens materiais(arcos,flechas,comidas) como também em bens imateriais(lendas,crenças e mitos).
Os povos orientais colocam flores nos cemitérios para seus mortos, já os orientais colocam comidas.Isso significa que cada povo possui um modo de ser proprio com comportamentos e imaginários diferentes, porque isso é cultura.
Toda cultura é baseada na lógica e racionalidade.Para a cultura de um povo, o que ele acredita é a verdade absoluta e não há outra.Desde os colonizadores até os dias de hoje, o brasileiro incorpora o indio como alguem sem cultura e barbaro.
Enfim,esse modo diferente de ser do homem, o seu fazer social com seus respectivos artefatos materiais e imateriais do ser humano é o que podemos denominar CULTURA.


terça-feira, 20 de maio de 2008

Pela Possibilidade de Uma Nova História dos "Outros"!

A nossa história de Sergipe, ainda está aprofundada nas histórias políticas institucionais e econômicas.As raras excessões começam a aparecer,com as monografias, dissertações e teses de doutorados em história ou outras áreas.Entretanto, essas produções ainda não publicadas encontram-se nas bibliotecas da Universidade Federal de Sergipe, acervos particulares de professores e em outros acervos de instituições de ensino e pesquisas.
Ainda há em Sergipe uma grande preocupação por personagens históricos que sozinhos parecem ter transformado o tempo na qual viviam.Em muitas biografias, o caráter saudosista dos autores são quase unánimes; tornando a pessoa sitada com atributos superiores a outros humanos.Recordam o lado grande do personagem: o melhor, seus atos estraordinários e gloriosos.Por outro lado, esquecem: os fatos ordinários, menos grandiosos e principalmente seus momentos de conflitos e/ou confrontos.
Já a história de homens e mulheres comuns praticamente inexistem.Existem muitos questionamentos, mas a biografia é pouca.No livro Quotidiano e Poder em São Paulo no sec.XIX da históriadora Maria Odila, diz que a história do cotidiano dos personagens anônimos, se perde antes por esquecimento da parte do historiador do que por efetiva ausência de informações.A maior parte das informações encontram-se nas entrelinhas dos documentos.
Cabe a nós historiadores, ter uma preocupação maior com a as histórias anônimas em Sergipe.Através dela, essa geração e as futuras poderão conhecer mais a história do seu cotidiano e dar mais valor a sua cultura.

Arquivo Judiciário

A turma conhecendo o Arquivo Judiciário
Local onde acontece a restauração

Sala onde os arquivos são armazenados para a restauração


Arquivo já restaurado do sec.XIX



Aquivos a serem restaurados










Dentro do Arquivo Judiciário

Visita ao Arquivo Judiciário

No dia 7 de maio(quarta-feira),os alunos do primeiro periodo do curso de história da UFS,conheceram o arquivo judiciario de Sergipe com o professor doutor Antônio Lindvaldo Souza.
Nesta foto temos nosso professor e a nossa guia na visita a chefe de digitalização a professora Sharyse Amaral.

Nessa visita aprendemos que no Arquivo judiciário possui documentos do final do seculo XVIII até o nosso seculoXXI.São documentos referentes a divorcios,casamentos civis.Processos de assassinatos,estupros,acidentes e etc.Muitos desses documentos estão ou já foram pesquisados,restaurados e digitalizados;pois muitos foram encontrados abandonados em cartórios e escritórios,ruídos por insetos, queimados por algum eventual incêndio ou invenenados para evitar a ação de animais.É um trabalho muito minuncioso mas tem rendido resultados positivos.

Lá encontramos os arquivos vivos correntes:ultilizados por advogados,juizes,réus e testemunhas.Porem como são recentes o publico não tem acesso,corre em sigilo.Como tambem encontramos os arquivos mortos:abertos ao público por possuirem mais de 60 anos.Enfim, foi uma visita muito proveitosa,aprendi muito!!!!



A História na nossa vida!

O Espelho falso,de René Magritte.Óleo sobre tela,1935,19x27.
Através dos olhos,enxergamos o mundo, o analisamos e os registros "gravamos" na nossa memória.E é a partir dessa memoria que formamos nossa história; e como vivemos em sociedade,trocamos experiencias com outras pessoas e assim formamos nossa propria identidade.Esse processo ocorre todos os dias porque faz parte da nossa história!

domingo, 18 de maio de 2008

A Valorização da História Local

Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros
Igreja do Santo Antonio em Aracaju

A história local é de fundamental importância,pois nos permite resgatar as experiências de vida dos indivíduos,das familias,dos grupos políticos,das comunidades religiosas,a partir do cotidiano de pessoas que existiram num determinado tempo e espaço.
A aplicação da noção de estudos locais possibilita incorporar temas não tratados na história oficial,como por exemplo,a biografia de pessoas anônimas como:negros,indios,mulheres e idosos.O livro Vovô Nago e papai branco da antropóloga Beatriz Gois Dantas é um exemplo disto,pois trata a vida num dos terreiros mais tradicionais da cidade de Laranjeiras.
Entretanto,a história local é criticada por alguns historiadores como "menor",por considerá-las apenas uma história superficial de um local ou região.Estes preferem as "grandes histórias"que geralmente são fatos ocorridos no eixo Rio/São Paulo,mas por serem consideradas importantes,acabam sendo estudadas pela sociedade como nacional e por consequencia mais abrangentes.
Apesar das criticas que a história local sofra,ela permanece extremamente importante,pois é a partir dela que nós vamos entender o significado dos fatos mais amplos e vamos compreender os acontecimentos do nosso estado,país e do mundo.Quanto mais estudamos o local,descobrimos as nossas diferenças e ao refletir-mos passamos a compreender uns aos outros.

domingo, 4 de maio de 2008

Pertencemos a uma História!

Indios Pataxós nos nossos dias.
Indios no sec.XV

Temas de História de Sergipe I
Professor:Antônio Lindivaldo

Um passado muito proximo e distante!
In: Souza,Antônio Lindivaldo.Temas de história de SergipeI.São Cristóvão:UFS/CESAD,2007,p07-15.

PASSADO:Simboliza um personagem ou um fato histórico.
PRÓXIMO:Possui uma similiaridade com o presente.
DISTANTE:Possui particularidades do seu tempo e espaço.

Todos nós pertencemos a uma comunidade.Ela engloba:a família,a cidade,a tribo indígena ou a religião ao qual você possa fazer parte.Numa comunidade existem interesses,preocupações,conflitos,divergências,normas e individualidades.Todos nós temos uma história individual e outra coletiva.Ou seja:Ao mesmo tempo que participamos da história da comunidade;também possuimos nossa própria história.
A história é o conjunto de acontecimentos vividos:é a realidade,a vida de homens e mulheres num determinado tempo.Na sequência de fatos que acontecem,o históriador seleciona alguns,estuda e procura explicar a vida humana.No texto:"O que é história,para que serve...?"da professora doutora Terezinha Oliva,sugere que:Existem a história "vivida"(realidade) por homens e mulheres e uma história"estudo"(realidade filtrada) dos atos humanos localizados no tempo e espaço.Essa afirmação ajudá-nos a compreender ainda mais, a idéia de que todos nós temos uma história.
Concluímos então que a história nos ajuda a entender o presente,identificar e preservar,para que tenhamos uma noção de ação prática.E que a partir dela,possamos valorizar o que somos,o que temos e o que vivemos para construirmos a cada dia nossa própria história.